Agentes fecham posto de fiscalização no Terminal de Belém em protesto contra diretoria da Arcon

Assédio moral é prática comum contra agentes públicos no transporte intermunicipal e são obrigados a atuar segundo a cartilha do ex-vereador Wildson Melo, que segue impune.

23/07/2023 12:00

Descontrole consentido do governo do Estado penaliza e ameaça usuários do transporte público no Pará em terra e nos rios; imagens mostram o tamanho da irresponsabilidade contra a qual não há punição, nem cobranças, nem explicações/Fotos: Divulgação.


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upervisores e controladores da Arcon escalados para atuar no plantão no Terminal Rodoviário de Belém não foram trabalhar hoje, pleno domingo de veraneio. Nem à praia descansar. Cruzaram os braços simplesmente porque têm sido impedidos de exercer as funções para as quais são escalados com o compromisso e a responsabilidade exigidos.

No português claro, são agentes que, ou se curvam à prática de ilícitos, ou são assediados moralmente pelo diretor de Fiscalização da Agência, o ex-vereador de Marituba Wildson Melo.

As denúncias são abundantes e chocam pela recorrência. Em uma delas, apontada pela coluna, Melo fez contato para negar suposto envolvimento com empresários com interesses na Agência onde atua, mas rejeitou o sagrado direito de resposta. Na última, em que agentes ligados à sua diretoria aparecem em vídeo cobrando propina em uma barreira na BR-316 - um deles recebendo dinheiro em espécie -, Melo sequer se manifestou. Parece ter se habituado, graças à impunidade.

 

Faça o que digo

 

Servidores da Arcon têm sido sistematicamente perseguidos por Wildson Melo, inclusive com transferência do posto de trabalho. Neste veraneio, por exemplo, quando flagram uma irregularidade e adotam as providências cabíveis de praxe, basta a determinados donos de veículos ligar para Melo que o veículo é liberado como se nada tivesse acontecido.

 

Distinto usuário


O fechamento do posto de fiscalização no Terminal de Belém contraria frontalmente a orientação do governo do Estado, principalmente por causa do período de veraneio. Não pode fechar, mas, conforme mostram as imagens, não havia viva alma da Arcon trabalhando, o que remete irremediavelmente ao descontrole de horários, falta de respeito à gratuidade e regularidade dos veículos. Algo como a Casa de Mãe Joana.

 

Amigos do peito

 

Segundo denúncias encaminhadas à coluna, Wildson Melo tem lá suas empresas favoritas, aquelas que atuam à margem da lei. No transporte rodoviário, uma delas é a Carvalho Transportes, de um empresário identificado como “Pernambuco”, considerado entre agentes da Arcon que não rezam pela cartilha do diretor de Fiscalização como o “O rei das irregularidades”. Nesta temporada de férias, a empresa retirou veículos da linha Belém-Baião para operar no trecho Belém-Mosqueiro, estando, portanto, atuando clandestinamente. E não é a única sob o calor do ver verão.

 

“Contrato de boca”

 

No transporte fluvial, conforme as mesmas fontes, pelo menos duas embarcações têm as bênçãos de Wildson Melo - a “Ana Beatriz” e a “Atlântica”-, que operam o trecho Belém-Camará sem documento oficial da Arcon, mas apenas com base em um contrato de “boca” - como se isso fosse cabível em um órgão público; mas é.




Papo Reto


A insegurança anda tão grande que, em Ajuruteua, concorrida praia de Bragança, no nordeste do Pará, até religioso anda com guarda-costas. Jesus, Maria, José...

 

Aliás, mente quem diz que, ao contrário de Salinópolis, na Praia de Ajuruteua não há tráfego de veículos. Depende.

 

Atento observador da coluna lembra que o prefeito Edmilson Rodrigues (foto) mantém ligações antigas com a empresa Terraplena.

 

Foi Edmilson, na segunda gestão como prefeito, quem assinou o primeiro contrato com a empresa hoje tida e havida como dona do lixo de Belém pelos próximos 30 anos.

 

Acredite, 36% dos jovens brasileiros com idade entre 18 e 24 anos são "nem-nem", ou seja, vivem em vulnerabilidade explícita, já que não estudam, nem trabalham.

 

Embora considere que a região "não é só dos brasileiros", o governo anunciou que quer ampliar de 150 para 200 quilômetros a faixa de fronteira da Amazônia Legal.

 

O ministério da Educação abriu 6 mil vagas para estudantes estrangeiros no ensino superior. 

 

Trata-se do programa de mobilidade acadêmica mais antigo do Brasil, em vigor desde 1965. Os selecionados para 342 cursos de graduação iniciarão sua jornada em 2024.

 

O ministro André Mendonça, do STF, suspendeu as normas que permitem salários acima do teto em Goiás. 

 

O limite máximo do salário de servidores é equivalente ao pago aos ministros da Suprema Corte, atualmente R$ 41,6 mil.

 

A Justiça proibiu exigência de teste de HIV para candidatos a concursos.

 

Testes de laboratório feitos na Tailândia e na Malásia mostraram que o uso do medicamento ravidasvir, associado ao sofosbuvir, alcança um percentual de cura da hepatic C em 97%.

 

Em pouco tempo o novo fármaco entrará em uso no SUS, diminuindo bastante o custo do tratamento da doença no País.

 

O Rio de Janeiro já possui um programa que identifica precocemente o autismo, melhorando a eficácia do tratamento e a coleta de dados para estatísticas futuras sobre o transtorno.

 

A dívida pública - pela qual o governo pega dinheiro de investidores para honrar suas obrigações - subiu 2,95% em junho, aproximando-se de R$ 6,2 trilhões.

 

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